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Memórias Póstumas...
Um texto catártico, que me acordou se criando por entre minhas sinapses:


Naquela noite quente e clara, tudo era paradoxo: eu estava mergulhada numa imensidão escura e o material que minha mão segurava era frio, muito frio. Quase competia com o iceberg em que meu interior havia se transformado. Meus movimentos eram lentos e calmos, disfarçando o carnaval de sentimentos que turbilhava em cada pedaço de mim. Era um batuque ensurdecedor que criava ritmo para aquela última dança.

Segui em direção à janela escancarada e a lua - lembra da lua? - se permitiu aparecer por entre as grades e as nuvens negras, sorrindo um redondo sorriso amarelo, como quem se desculpa por sorrir em tal momento inadequado. Encarei aquele sorriso e também sorri. Mas um sorriso de devaneio, de quem já havia passado à outra dimensão. E acariciei a argola da matéria fria, com a ponta do indicador direito. Tamanha delicadeza, para soberba brutalidade. Trouxe aquilo para próximo de meu nariz e aspirei o odor metálico e gelado, para, então, perceber que chegara a hora certa.

O coração acelerou e doses hipnóticas de adrenalina foram lançadas pelas minhas veias, implorando: fuja! Mas não. Parecia que toda minha existência tinha se estreitado a um grau impossível e não pude recuar. Deixando, então, que meu verdadeiro momento se despisse, transformei o ambiente. O quarto se tornou um breu, frio e barulhento, bloqueando meus sentidos. Estava tão frio que meu tato sumira, tão escuro que meus olhos perderam o foco e o volume do que eu sentia era tão gritante, que meus tímpanos cederam. No meu nariz - o único que insistia em permanecer funcionando - só me vinha aquele cheiro doce e cítrico, que foi, por meses, tão familiar. Aspirei aquilo tudo com o desespero de quem perde o ar, aproximei o material do lado esquerdo do meu peito, encaixei o dedo na argola e:

- BUM!

Bateram na porta. Mas não tive tempo de olhar para trás. Os barulhos se anularam.
E só restou a lua, sorrindo, e umas poucas serpentinas se desmanchando no rubro chão manchado.

Até mais ler.

por Andrea de Lima @ 6/19/2008 02:46:00 PM
 
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Saboreando as pequenezas da vida e tornando-as grandes. Tateando letras e montando um quebra-cabeça de palavras, em busca de alguma elucidação sobre mim, sobre você, sobre o mundo...

 
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