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Uma carta ao nada
Caro Nada,

Nada tenho a lhe dizer, mas é que como nada tenho a fazer, resolvi escrever umas palavrinhas a você, com nenhum intuito. Porém, como já aqui estou, peço que leia com atenção essas linhas, e com certo sentimento de carinho, uma vez que resolvi dedicar cada letra a você.

Às vezes penso que não sei de mais nada, mas acho que nem de você eu sei. Se ao menos soubesse de nada, passaria a vida fazendo nada, esperando que nada acontecesse. O problema é que eu sei das coisas, mas não compreendo como deixaram chegar a esse ponto. Ligar a televisão, que deveria ser um meio de entretenimento, hoje em dia é meio de depressão. Ou de mostrar a alguns o quanto é boa a vida que leva. Eu levo vida razoavelmente boa. Dificuldades mil, mas não passo fome e não me abstenho de certas regalias. Entretanto, não fico feliz em olhar para as coisas que minha tela de 21 polegadas mostra e notar que tem gente em situações desumanas. Valor eu até dou às coisas que tenho, mas me parece que quanto mais eu olho pra fora da janela do carro, mais nojo sinto por tê-las.

Tenho medo de que um dia nada mais exista por causa do aquecimento global. Medo de que ninguém sobreviva à poluição. Medo de que as pessoas nada mais sintam além de ódio e inveja. Medo de que a vida se resuma a nada. Se resuma a você! Se bem que já estamos a meio caminho andado para um final infeliz desses, né? Cá entre nós, as pessoas andam tão apegadas ao ter, que esqueceram do mais importante: ser. Quando se lembram, é pra serem aquele monte de adjetivos depreciativos. E não é exagero meu. Creio que o adjetivo que mais causa problemas é "individualista". Ele é a peça principal do efeito dominó.

E as nossas crianças? E as minhas crianças? Nada vai restar à elas? Por isso que, apesar de ter muita vontade de sentir uma vida crescendo dentro da minha barriga, com todas aquelas sensações boas e ruins ligadas a isso, tenho medo do que será dela. Quero criar uma pessoa para que ela viva, não somente exista. Existir, apenas, soa como sendo algo tão vegetativo. Tão... árvore! Se as coisas continuarem assim, com essa tendência a piorar, para sanar meu desejo de ser mãe, vou adotar um bebê. Se bem que eu faria isso independente de já ter um filho biológico. Pelo menos a criança que somente existiria num local qualquer, tendo que dividir a atenção com, pelo menos, outras dez, irá existir ao meu ladinho.

É, nada, se as pessoas continuarem a agir como você, a única coisa que restará dessa bolinha gigante, será você mesmo. Sozinho.

por Andrea de Lima @ 4/25/2008 01:58:00 PM
 
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Saboreando as pequenezas da vida e tornando-as grandes. Tateando letras e montando um quebra-cabeça de palavras, em busca de alguma elucidação sobre mim, sobre você, sobre o mundo...

 
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