Por que será que minha vontade de escrever surge quase duas horas da madrugada, depois de um dia exaustivo eu não sei. Eu só sei que o relógio marca 01:56, eu fiz tudo o que minhas 24h me permitiram fazer nesse espaço de tempo e um pouco mais, não dormi quase nada a noite passada, e cá estou, a escrever deitada na cama. Deve ser alguma daquelas premissas do tipo: Deus ajuda quem cedo madruga. A minha deve ser algo do tipo: A idéia surge pra quem quase tem um colapso de exaustão. Mas é isso aí... E no final das contas, pelo visto minha casa tá animada pro natal esse ano. E olha que a gente nem ganhou na mega-sena. Sei lá, modéstia parte, creio ter um pouco de mim nessa animação. Olhei pro pinheiro encaixotado e pensei: esse ano tem que ser especial. Se não especial, ao menos melhor do que a monotonia do ano passado. É que na minha família não rola muito aquela coisa de “união natalina”. Acontecia mais antes, quando meus avós paternos moravam naquela casona, bem de vó mesmo, sabe? Com direito a pé de jabuticaba e tudo. Mas aí demoliram a casa, meus avós foram pra um apartamento – cá entre nós, vô e vó não combina com apartamento - e o grude perdeu a cola. Engraçado como a casa unia muito mais a família. O pessoal da família da minha mãe tá mais desagregado ainda, já que uma parte tá no Nordeste, outra parte no Sul e a outra no Japão. É, a galera aqui é eclética. Enfim, então eu resolvi dar uma animada aqui em casa. Fomos ao supermercado e compramos bolas prateadas e douradas novas, uns galhos brancos, imitando neve, uma ponteira dourada e uma meia natalina, decorada com alces felizes. Pendurei bola até em galhos inexistentes daquele pinheiro artificial, encaixei os galhos novos, posicionei a ponteira e uni com os enfeites antigos, de sinos, instrumentos musicais, anjinhos e etc e tal. Tudo prata e ouro. Ficou lindona! Mas ainda faltam os piscas. Aí, na empolgação, minha mãe enfeitou a fruteira com enfeites que já foram da árvore, eu coloquei um papai-noel pendurado na porta da cozinha e um na mesa da sala, a meia na porta do meu quarto e minha mãe enfeitou a porta de entrada com um enfeite que a vizinha resolveu que queria emprestar pra gente. Só meu irmão que não ta muito aí pra isso. Talvez se existisse natal no Counter-Strike ele resolveria entrar no clima. Mas o clima dele só existe na hora de escolher o presente, que esse ano, aliás, vai me beneficiar também, já que pelo visto ele irá ganhar a bateria do Rock Band, um jogo de música pra PS2. Sim, eu amo vídeo game. Ainda mais esses jogos a lá “vamos formar uma banda”! Ah, e eu decidi que vou dar presente pra todo mundo. Vou encher o pé do pinheiro com embrulhos de coisas feitas por mim. E estou empolgada pra caraaaaalho! Que delícia que é fingir que o natal não é somente uma data cristã-neo-capitalista. Já disse uma vez a Jaya, e o Camelo a copiou: Deixa eu brincar de ser feliz!
Até mais ler.
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