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TPM?
Devido a uma instabilidade hormonal que me acompanhou por quase um ano, cheguei a desaprender o significado da sigla TPM. Não que eu não recordasse as letras que seguiriam cada uma das iniciais, mas as sensações sumiram de mim. Eu tinha uma idéia, é claro, por ser filha de uma mãe, prima de cinco primas, amiga de muitas amigas – que garanto serem exímias conhecedoras e representantes da tensão pré-menstrual – e, é claro, namorada de uma namorada. A homossexualidade tem lá suas adversidades, ou, em outras palavras: são ossos do ofício.
Bom, até que fui ao médico e pedi um remédio que me devolvesse aqueles rubros dias em que muitas se reconhecem mulher. Loucura? Talvez. Mas o meu eu mais primitivo ansiava por isso e, como uma boa e estranha psicóloga, achei melhor respeitar. Tomei o remédio e após um mês o resultado sorriu para mim. Juro que foi um momento feliz. De uma alegria até meio patológica, mas que durou somente até o momento em que a cólica me consumiu e eu me dei conta de que as quarenta e cinco patadas e grosserias que eu havia compartilhado com o mundo na semana anterior, eram o resultado da TPM. Cheguei até a amaldiçoar aquela dor e sensação horríveis, mas em momento algum me arrependi do que fiz.
Até que chegou esse mês e a TPM surgiu do fundo do meu útero, dizendo:
- Oi!
Preferi nem olhar pra cara dela. Talvez se eu a ignorasse, ela passaria por despercebida. Doce ilusão. Ela chegou com tudo após apenas quarenta minutos acordada.
Levanto todos os dias às 06:30h para ir à faculdade que, por puro sarcasmo do destino, fica do outro lado da cidade, numa das avenidas mais movimentadas. Então me levanto, tomo um banho rápido, pego meu pãozinho, entro no carro e minha mãe me deixa no ponto de ônibus. Supostamente, ele tem um horário de chegada e este gira em torno das 7:10/7:20h. Notem que existe uns bons dez minutos de diferença entre os dois horários. Porém, não satisfeito com a diferença de dez minutos, o busão resolveu que não tem mais horário para passar. Então eu chego ao ponto 7:10h e fico esperando sua ilustre chegada, às vezes, por quarenta minutos. E o pior: ELE NÃO CHEGA! Vale recordar da localização da minha faculdade e informá-los de que, de ônibus, num dia de pouco trânsito, eu demoro uns trinta e cinco minutos para chegar até lá. Com trânsito pode chegar a uma hora. Logo, se eu entro no ônibus às 7:45h – que é o que tem acontecido – eu chego atrasada. Quem quiser ser mais exato, faça as contas! Ah, além disso, é soltando fogo pelas ventas que acrescento que não pego o ônibus “certo”. Acabo pegando um outro, que pára a uns duzentos metros da PUC, do outro lado da avenida mais movimentada da cidade. É sim, porque a essas alturas todas as outras avenidas somem do mapa e só existe aquela filha duma puta que hospeda a minha faculdade.
Pausa: estou irritada com o WORD, porque ele se recusa a adicionar a palavra “puta” ao seu dicionário. Programa conservador dos infernos.
Voltando ao assunto, hoje não foi diferente. Mesmo esquema: levantar, tomar banho, comer, ir pro ponto e esperar. E esperar e esperar e esperar e querer matar o primeiro infeliz que me perguntasse se o 210 já tinha passado. Por sorte, ninguém perguntou nada. Acho que eu estava irradiando ódio. Ódio do ônibus, ódio do motorista, ódio do cobrador, ódio da teleatendente da companhia de transporte, ódio do dono da companhia, ódio do governo, por deixar a companhia ter dono e não ser capaz de administrá-la, ódio dos cinco reais que eu gasto todo santo dia para ir estudar e, futuramente, cuidar da cabeça dos, talvez, filhos de todas essas pessoas de quem eu senti ódio. Aliás, principalmente pelos cinco reais, que, ao final do mês, somam cem. Por cem reais e mais os impostos que meus pais – por enquanto – pagam, eu deveria andar num ônibus que ao menos não atrasasse! Afinal de contas, não basta atrasar: eles são sujos, fedidos, desconfortáveis, barulhentos, quentes e com a pior suspensão que um automóvel pode ter!
8:25h, após entrar na sala de aula recoberta da aura de uma serial killer, resolvi ligar pra pobre namorada e chorar. Sabe quando você chora de raiva? Sabe quando você chora por saber que mesmo se você, com todo respeito, pedisse por obséquio, que o transporte coletivo fosse melhor e mais pontual, não adiantaria nada? Pois é. Chorei. E não adiantou nada. Só chorei. Se eu não estivesse de TPM provavelmente eu teria, sei lá, ficado puta e pronto. Ó lá o WORD, de novo, rejeitando o meu puta! PUTA PUTA PUTA E PUTA! Bom, eu só sei que, no final das contas, acabei dando um novo significado pra sigla TPM: TRANSPORTE PÚBLICO DE MERDA!

Até mais ler.

por Andrea de Lima @ 3/12/2009 03:04:00 PM
 
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Saboreando as pequenezas da vida e tornando-as grandes. Tateando letras e montando um quebra-cabeça de palavras, em busca de alguma elucidação sobre mim, sobre você, sobre o mundo...

 
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