Distraindo a verdade, enganando o coração  | 
                                 
                                 
                                  "Na verdade continuo sob a mesma condição distraindo a verdade, enganando o coração" -  Pato Fu [Antes que seja tarde]  Acredito que agora eu possa deixar Ariadne em paz. Fio? Foi desfiado do início até o fim. O que antes se sustentava por si só, no momento se encontra gasto e fraco, parecendo cordinha de iô-iô velho: mais um puxãozinho e arrebenta. Espero que não, é um fio tão bonito, apesar de estragado. Daqui um tempo, espero poder levá-lo à fiandeira para que ela o restaure e ele fique novo. Novo e diferente do que foi. 
                                    
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                                  Fio de Ariadne  | 
                                 
                                 
                                  Assim como Ariadne deu à Teseu um fio, para que ele pudesse marcar seu caminho ao coração do labirinto, matar o Minotauro e depois conseguisse voltar sem se perder, te peço: ceda-me seu fio. Por favor, não deixe com que eu me perca mais ainda nesse sentimento. Ou então, melhor, vem comigo. Sem fio, sem nada. A gente mata essa dor e fica no coração. Você e eu. Perdidas.  Ridículo? Imagine! Já dizia uma Pessoa, em um de seus eus, que se há amor, tem de ser ridículo.
  Até mais ler. 
                                    
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                                  Constatação  | 
                                 
                                 
                                  Sempre fui muito observadora. Adoro reparar nos gestos e atitudes alheias, principalmente nos das pessoas próximas a mim. Mas depois que comecei a ir à psicóloga, comecei a reparar mais nas minhas atitudes. Ainda mais agora que estou cursando o primeiro semestre de psico na PUCC. E numa dessas de reparar acabo analisando muito tudo o que penso e percebi uma coisa incrível: eu tenho necessidade extrema e apressada de preencher vazios. Já havia pensado nisso antes, mas foi algo bem superficial. Porém, quinta-feira, ao retirar uns papéis da USP do meu mural de recados e olhar o espaço despreenchido que ficou, senti uma certa angústia e uma vontade imediata de colocar outro papel no lugar. E assim o fiz, no dia seguinte. O papel que deu lugar aos velhos nem precisava estar alí. É apenas um rascunho de uma "To do list, criada num momento de quase-desespero-sub-consciente de tapar aquele buraco. A mesma situação aconteceu quando ganhei uma maletinha/porta-treco da minha mãe, que enchi de objetos que já estavam muito bem guardados em qualquer outro canto. E o mesmo acontece com um potinho, que também ganhei da minha mãe, que está aqui na minha frente e que há dias eu busco algo para preenchê-lo. Obviamente, como quase tudo, comparei essa peculiar necessidade à minha necessidade emocional. E não é que a comparação teve absoluto sucesso? Toda vez que acontece uma perda dentro de mim, especialmente quando é contra a minha vontade, a sensação de espaço vazio grita e anuncia: preciso ser ocupada! E é numa dessas que eu vou preenchendo mecanicamente, muitas vezes sem cuidado com aquilo que permito fazer parte de mim. Desta vez estou com um espaço grande e duplo implorando que eu o complete com alguma coisa. O problema é que eu preciso avisá-lo que, infelizmente, no momento, ele não pode ser preenchido do jeito que gostaria.
 
 03/03/07 12:15pm   Até mais ler.  
                                    
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                            moi  | 
                           
                           
                             je par me  Saboreando as pequenezas da vida e tornando-as grandes. Tateando letras e montando um quebra-cabeça de palavras, em busca de alguma elucidação sobre mim, sobre você, sobre o mundo...
  
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                            plus du moins  | 
                           
                           
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