De tudo que fui, de tudo que sou, do nada que serei |
Nada Nadas Nadam Nadando em mim há os pensamentos. Hão os pensamentos, porque "há" é muito singular. E de singular não há nada em mim, a pluralidade grita. E enrouquece. Enrouquesse. E quer saber? Cala-me. Tapa-me. E, então, me abre. Rasga e expõe. Vira-me do avesso e mostra ao mundo a obra do monstro. Entranhas estranham as caras pálidas daqueles que observam de longe, ou perto. A faceta desconfigurada da menina-monstro. Da filha do monstro. De mim. E aos poucos ela enlouquece e se esquece da linha reta. Desvia. Faz as curvas com força, rápida, ligeira. Quer tanto chegar, mas aonde? Ao fim, será? E por fim, se recolhe no ponto Final... Fim.
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