Hasta! |
Fim de blog, pessoal! Foi muito bom enquanto durou, mas acho que está na hora de criar um espaço novo para mim. Obrigada a quem me leu, a quem me apoiou, enfim, a todos que gostaram e/ou se identificaram com aquilo que escrevi aqui!
Beijos e fiquem com Deus!
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Acendeu um cigarro para pensar. Não vira uma campaínha ou portãozinho que insinuasse um corredor até os fundos, onde poderia estar aquela lojinha de discos. Apoiou as mãos sobre o muro baixo da casa 661 e correu os olhos por ali: ela queria muito aquele disco.
Não enxergando nada além de um jardim mal cuidado, brinquedos jogados no cimento escurecido e uma menininha de vestido azul sentada no primeiro dos três degraus que levavam até a porta de entrada, caiu das pontas dos pés ao chão, com um chamado:
- A senhora quer alguma coisa? - disse uma mulher que abria o portão, limpando as magras mãos sujas no avental que condizia com sua condição.
Um pouco envergonhada pela indiscrição, ela se apressou a responder:
- Sim... Bem... Na verdade eu estou a procura de uma loja de discos, a senhora conhece alguma aqui por perto?
- Loja, não...
- Ah, então, sem problemas... É que eu ouvi dizer que a loja ficava no número seiscentos e sessenta e...
- Três. Sim, sim, menina. Mas não é loja, não. É um quartinho empoeirado, onde um maluco guarda suas tralhas e, entre elas, uns discos. Fica no fundo da casa da Zoraide, aqui do lado. Cê toca o sininho que tem ali do lado do portão, porque aí a Zoraide sabe que não é com ela e o doidinho vem te atender. Homem burro... Vira e mexe tem gente perdida por aqui, a procura da tal loja. Nem sabia que esse tipo divulgada aquele moquifo...
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Morava nos fundos de uma loja de discos. Redondos, achatados e negros. O perfume de pó e mofo era a essência de seu cheiro. Às vezes se misturava com lavanda, quando resolvia se lavar com o sabonete líquido que ganhara de amostra grátis em um mercado. Mas somente a água já satisfazia seu - pouco - desejo de limpeza.
Desconfiaram dele somente depois de seis meses após o sumiço. Antes disso, interrogaram todos da vizinhança. Até o papagaio da Dona Margarida foi obrigado a falar, mas tiraram dele nada além de alguns grunidos e "Michael Jackson era preto!". Quando perguntaram a Dona Margarida sobre aquela frase, respondeu que o papagaio passava muito tempo frente à televisão e provavelmente teria aprendido isso em algum programa. Pobre bicho, renegado de sua natureza animal para sujar-se nas titicas televisivas. Não enxergavam o que tinham deixado escapar. Ou melhor, quem que, assim como a água, havia passado por entre os dedos espertos dos investigadores.
Até que, um dia, como numa dessas coincidências ridículas da vida, ao pesquisar pela internet sobre um vinil esquecido da The Bangles, a investigadora o descobrira numa casa de vinis na Rua das Flores, 663. Pensou consigo: "Casa de vinis na Flores? Não é possível!".
Entrou em seu carro e foi até lá. Virou no início da rua e foi até seu fim. 663 era um número que inexistia naquela estreita ruela misteriosa. Estacionou seu carro na avenida vizinha e foi caminhando em passos curtos pelo asfalto úmido e viscoso. Seu mocassim gasto, permitia que seus dedos sentissem o vapor de água que emanava do solo. Caminhava com os olhos castanhos atentos em cada portinha daquele lugar e as mãos metidas no bolso, fazendo com que seu tronco não carregasse a melhor postura. Seu queixo ficava a frente de seus passos e a testa se franzia a todo momento que se deparava com algum número gasto na tinta comida pelo tempo dos muros das residências. Até que viu: 661. É a próxima! Mas não era. A próxima era a 665 e a Casa de Vinis, por alguns segundos, transformou-se num fantasma.
Parou entre os dois números e pensou: "Aquele site estava errado!". Mas uma voz surgiu em meio a seus devaneios e falou: "Errado é estar faltando um número na rua. Fareje!". Reconheceu a voz que sua mente havia imitado: era de seu querido e falecido pai. Permitiu-se um segundo de pezar e retornou à Rua das Flores.
(continua...) Marcadores: suspense assassinato interrogatório ficção romance história conto policial vinis discos música
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Toda vez que penso em postar alguma coisa, vem a chuva forte e me derruba. Minhas inspirações normalmente vêm à tona quando estou quase dormindo, ou fazendo qualquer outra coisa que me impeça de anotar as idéias num pedacinho de papel que seja. Então, sem querer se empata foda do meu próprio blog - se é que alguém ainda acompanha isso aqui - mas, gente, estou viciada no blog de uma amiga minha. O conteúdo é impróprio para menores. Menores no quesito preconceito, sabe? Gente cabecinha. Tem muita putaria, palavrão, drogas e rock'n roll, por isso, àqueles que a religião não permite, sinta-se a vontade para não clicar AQUI! Beijinhos e até mais ler.
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I'm a happy girl living in Portugal!
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Tou cansada, com fome, sede, de jejum e preciso fazer trabalho. O que me resta? Jogar The Sims, é claro!
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De tudo que fui, de tudo que sou, do nada que serei |
Nada Nadas Nadam Nadando em mim há os pensamentos. Hão os pensamentos, porque "há" é muito singular. E de singular não há nada em mim, a pluralidade grita. E enrouquece. Enrouquesse. E quer saber? Cala-me. Tapa-me. E, então, me abre. Rasga e expõe. Vira-me do avesso e mostra ao mundo a obra do monstro. Entranhas estranham as caras pálidas daqueles que observam de longe, ou perto. A faceta desconfigurada da menina-monstro. Da filha do monstro. De mim. E aos poucos ela enlouquece e se esquece da linha reta. Desvia. Faz as curvas com força, rápida, ligeira. Quer tanto chegar, mas aonde? Ao fim, será? E por fim, se recolhe no ponto Final... Fim.
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moi |
je par me Saboreando as pequenezas da vida e tornando-as grandes. Tateando letras e montando um quebra-cabeça de palavras, em busca de alguma elucidação sobre mim, sobre você, sobre o mundo...
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