Era uma vez |
Aquele era o dia da mudança. Ela acordou disposta a se transformar. Escolheu sua melhor roupa e colocou sobre a cama. Tomou banho, secou os cabelos, e se perfumou com o perfume importado da mãe, daqueles que basta uma espirrada e o cheiro fica o dia inteiro! Colocou a roupa e foi até o espelho do corredor. Estava bem! Gostou da imagem refletida, pela primeira vez em alguns anos. Sorriu para si. Foi até o banheiro e abriu a primeira gaveta. Puxou um delineador e contornou de leve os olhos marrons. Não queria parecer uma perua. Voltou ao quarto para pegar o gloss de melancia de dentro da bolsa. "Droga!" Não estava lá! - Mãããe! Você viu meu gloss? - Seu o quê? - Meu gloss, mãe! - Deve estar dentro de alguma bolsa sua! - Não consigo achar! - Deixa o gloss, menina, você vai se atrasar! Malu não iria sair sem seu gloss. "Eu fico com a boca bonita...", pensou. Olhou para o relógio do rádio. Ainda tinha cinco minutos para chegar na hora certa. Pegou as outras bolsas de dentro do armário e começou a caçar. Achou! Correu para o espelho do corredor e passou no lábio inferior. Amassou os lábios, um contra o outro, e limpou o excesso. Voltou ao quarto, e olhou ao redor: - Estou esquecendo algo? Olhou para baixo e viu que sim. - Ah é, sapato! Pegou uma sandália, e calçou. Observou os pés e pensou que nunca tinha reparado em como eles eram bonitos e bem cuidados. - Maria Lúcia! - Calma aí, mãe! Chegou na sala e abriu um sorriso para Dona Ana, esperando um elogio. - Espero que não seja essa correria nos próximos dias. Você sabe que isso me estressa. Mas Malu não desanimou. Entrou no carro e em poucos minutos chegou ao colégio. - Eu vou parar aqui porque lá na frente está muita bagunça. - Tá bom. Tchau, mãe!- e lhe beijou a face. Ela riu: - Te sujei de gloss. A mãe riu de volta e disse: - Vai logo, menina. Desceu do carro e viu que um menino a olhou. "Vai dar tudo certo! Eu sei que vai!". Ao atravessar a rua, ela só ouviu a mãe: - MARIA...! O Lúcia não chegou a ser pronunciado. Aos poucos o transito começou a parar e as pessoas foram chegando perto. Dona Ana se aproximou com lágrimas nos olhos. Não havia mais nada que pudesse ser feito. Abaixou e recolheu o gloss de melancia, que ela apertou contra o peito.
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A gente quer... mas só quer. |
a vida constrói a vida destrói a vida moe a vida dói
a vida leve se deixa levar levemente pesada
a vida vive por si a vida se vive sem ti a vida até vi...
a vida é vida mesmo sem ver. a vida é vida até não ser.
Andrea de Lima- 19 de Julho de 2006.
Alguém quer tentar desvendar o que eu quis dizer? (Stephs, você não vale!)
Até mais ler.
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Ah... |
... irritada demais para falar sobre a viagem.
Até mais ler.
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Hasta luego, hermanos! |
Em poucas horas estarei com nossos amigos argentinos, em Buenos Aires, com a minha namorada linda!
Até mais ler.
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moi |
je par me Saboreando as pequenezas da vida e tornando-as grandes. Tateando letras e montando um quebra-cabeça de palavras, em busca de alguma elucidação sobre mim, sobre você, sobre o mundo...
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