E então você a vê. E você a quer. E você a tem. E então você a beija. E ao fundo toca "a" música. Aquela música que ficará até o final representando o começo. A música pode ter a letra mais escrota do universo. Pode ser até um pagodão, mas quando a ouvir, cada segundo vai voltar à tona e você vai se recordar de como é bom amar, de como é bom estar com ela, de como a vida é linda. E além dessas, muitas outras virão. Talvez trilhas sonoras completas, que variam: mpb, rock, pop, passando por alternativas, lounge e até eletrônicas.
E então ela some. Some da via, da vista, da vida. E o pior: da SUA vida. Mas a música ainda toca. Toca na rádio, na tv, em você. E o canalha do artigo, insiste em se manter no plural e, como se não bastasse, as músicas, a trilha sonora completa decide virar o hit do momento. E ouvir dói, pesa, lesa. Você evita, pede para as amigas tirarem da lista do Media Player. E quando é inevitável, as mãos automaticamente tocam os ouvidos e você inventa outra melodia. Normalmente é uma simples e repetitiva: la-la-la-la-la-la!
Mas um dia passa. Aos poucos você vai sentindo falta daquela companhia ritmada e arrisca. Primeira faixa. Lembranças. Segunda faixa. Mais lembranças. Terceira faixa. Ah, essa vamos pular. Quarta faixa... E a trilha se completa. Você ainda não se completou, mas o final de um ciclo, sim.
Palavras da autora: não gostei do final.
Beijos ;***
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